QUEM SABE...
O tempo passa, a vida passa.
O azul do céu pode desbotar,
o verde do oceano até borrar,
o rubro do sangue coagular...
Sempre restará da uva o vinho.
Dissolvendo feito açucar na água...
Se jogar sal no rio, ele vira mar?
Se puder usar as asas, vai voar?
A lágrima rolar, incomoda?
Não gosto de filme repetido...
O que se esquece,
o que nunca se teve,
do desconhecido...
Sente-se falta?
Melhor provar
ou nunca saber?
Quando o vento muda,
num cruzamento,
um abismo... O que fazer?
Sem placa, sem luz,
sem guia, sem mapa...
Sem estrada...
Silêncio! A melhor direção?
Quantas perguntas sem respostas...
uma vida suporta?
Quantas respostas supérfluas...
são necessárias?
Quantas duvidas sobre as certezas...
Quantas certezas sobre as duvidas...
Por que é preciso escrever?!...
Por que saber...
A ignorância é uma bênção...
Por que conhecer...
O que não se pode alcançar...
Drica de Assis
17/08/2009.