CAMINHO

CAMINHO

Sou poeta

e moro

na minha imaginação.

O cérebro é um moinho

e nele,

todos os dons quixotes

estão vivos.

A loucura poética

é o vinho

que embriaga a lucidez.

O que a poesia quer

de verdade,

é entrar pela sala, pela cozinha,

pelos aposentos da palavra.

Quer esculpir a palavra

com cara, boca, ossos...

e quer ser seus olhos.

Quando escreve-se

"cadeira vazia"

senta-se ali, a palavra

"ausência"...

E esse é o caminho

inevitável do poeta,

por um arco-íris na escuridão,

perseguir o inefável.

DANNIELLUIZ
Enviado por DANNIELLUIZ em 18/08/2009
Código do texto: T1760581