Meu Dono?

Sinhozinho

Não, não, não sinhozinho

Faz tempo, dei meu grito de liberdade

Ninguém mais me grita

Num tom que seja sensível aos meus ouvidos

“Sou dono do meu nariz”

Conquistei com garra tudo o que tenho hoje

Adquirir espaço. Tenho voz e respeito

Sustento todos os meus vícios, meus filhos e minhas manias

Sou guerreiro, sou forte e auto-suficiente

A senhora do engenho deu seu último grito á 28 anos

Quando decidi que chegou a minha vez.

A cor da tua pele e dos teus olhos

Não me metem medo.

“Meus panos de bunda”

Amarro tudo num lenço

Como o sinhozinho sabe,

Aqui tenho quase nada...

E os pés que caminho

Ainda sustentam o meu corpo...

Grécia

13/07/08