QUANDO EU MORRER

       (Dora Duarte)

Quando eu morrer só assim posso voar,
Quero subir alto bem devagarzinho
Imitar os passarinhos, no caminho cantar.
Quando eu morrer...Quero sentir o perfume
De todas as flores, deslumbrar com as cores,
Despedir-me acenando aos velhos amores...

Quando eu morrer, serei eu somente,
Semente sem germinar.
Vou ver de perto a lua no céu,
Alma despida sem véu,
Leve, fazer piruetas no ar.

Quando eu morrer...Não quero,
Olhar lá embaixo e ver olhares tristes,
Nem choros, murmúrios, lamentos,
Pois quem sobra entre paredes do solo
É um corpo vazio inerte, infértil.



Somos sol e lua

   (Dora Duarte)

Somos assim... sol e lua...
Vejo distante esse amor,
que não posso alcançar
miragem de olhar na imensidão,
desencontros de destinos mal traçados.
Noites e dias, anos sem eclipses,
Formas tardias de encontros raros.
Nós somos assim...
No mesmo céu...Você aí e eu cá


Velhos poemas

        (Dora Duarte)

Velhos poemas amarelados pelo tempo
Encaixado, sem resultado.
Quantas palavras soltas escritas em vão!
Palavras de dor, de saudade,de amor, alegria...
E tudo era tão verdadeiro, puro.
Velhos poemas, escrito à mão,
Em cadernos, já tão ultrapassados
Relíquias pra quem?


*Nascida em solo nordestino,ao completar 16 anos,mudei para São paulo onde fiquei por vários anos,em 2003 adotei Florianópolis-SC como minha mãe cidade.
 Sou poetisa,contista e cronista,tenho dois livros(na gaveta) por enquanto.
 Amo tudo que me dá a mãe Natureza,contemplo diariamente o Sol e a Lua,os pássaros...Recepciono-os como se fosse sempre a primeira vez.
 Faço parte da Associação dos cronistas,poetas e contistas catarinenses(ACPCC) e da Associação Literária de Florianópolis(ALIFLOR)

http://doraduarte1.blogspot.com



Acesse:
www.encontrodepoetasemsalto.com

 www.amigafmsalto.com.br

RASCUNHEIROS DE SALTO
Enviado por RASCUNHEIROS DE SALTO em 18/08/2009
Reeditado em 15/09/2009
Código do texto: T1759973