O Domínio de Cérbero – Terceiro Círculo.
Deformado no vício, na fartura;
Cevado na abundancia, nos excessos;
Escravo dos sentidos perde o nexo,
Um fraco cujo mal dispensa a cura.
Quando o cão estraçalha os condenados
E na lama conhecem seus martírios:
Tormentas rigorosas, calafrios,
Na sentença que cumprem isolados
Três cabeças famintas duma fera
Fartando-se na dor que é sem limites
Aqueles que perderam no apetite
Cedendo a perversão de tal Quimera
A gula como a fé, foi corrompida
E a fome cobra os preços noutras vidas.