O JOGO
Depois que ele descobriu
que já não a enganava mais,
que ela puxou o escondido fio
do qual ele pensava não deixar sinais...
Ah... que susto!
Como mudou! Perdeu a paz!
Vem a ela, ansioso,
simulando querê-la agora demais!
Inspirou-se! Trouxe-lhe uma rosa,
e ingenuamente tentou,
com dois dedos de prosa,
iludi-la outra vez mais!
Ela ri-se por dentro
e faz cara de princesa;
já não põe as cartas na mesa –
esconde-as na manga do seu casaco
de macia seda chinesa.
A luz do discernimento, ela
agora mantém sempre acesa...
Aceita a rosa,
fala de roseirais,
sabendo-se bela,
oferece um sorriso,
finge sonhos da janela,
mas mantém bem fechados
os seus portais.
Depois que ele descobriu
que já não a enganava mais,
que ela puxou o escondido fio
do qual ele pensava não deixar sinais...
Ah... que susto!
Como mudou! Perdeu a paz!
Vem a ela, ansioso,
simulando querê-la agora demais!
Inspirou-se! Trouxe-lhe uma rosa,
e ingenuamente tentou,
com dois dedos de prosa,
iludi-la outra vez mais!
Ela ri-se por dentro
e faz cara de princesa;
já não põe as cartas na mesa –
esconde-as na manga do seu casaco
de macia seda chinesa.
A luz do discernimento, ela
agora mantém sempre acesa...
Aceita a rosa,
fala de roseirais,
sabendo-se bela,
oferece um sorriso,
finge sonhos da janela,
mas mantém bem fechados
os seus portais.