ECO

Ouvi vozes estridentes

Saí da órbita costumeira.

O rosto avermelhou pensei!

Fiquei ali a ranger os dentes

Se nem mesmo o sol sorriu

Der repente se me carrego.

Mas para lá, volto para cá.

A execrar meu eu que sumiu.

Eu avisto margarida transparente.

Jugo o teu passo, o teu atraso.

É controversa, velocidade conduz.

Vou devagar a vagar ausente.

Reflete o descaso o acaso falso.

Vou repugnando sob lamurias;

Derrapando sob fragmentos vem.

Poeira, sem eira nem beira, descalço.

Yve
Enviado por Yve em 17/08/2009
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