ECO
Ouvi vozes estridentes
Saí da órbita costumeira.
O rosto avermelhou pensei!
Fiquei ali a ranger os dentes
Se nem mesmo o sol sorriu
Der repente se me carrego.
Mas para lá, volto para cá.
A execrar meu eu que sumiu.
Eu avisto margarida transparente.
Jugo o teu passo, o teu atraso.
É controversa, velocidade conduz.
Vou devagar a vagar ausente.
Reflete o descaso o acaso falso.
Vou repugnando sob lamurias;
Derrapando sob fragmentos vem.
Poeira, sem eira nem beira, descalço.