O mar...

Amar além do horizonte... Ser a fonte de inspiração... Ser mais uma, nesse mundo.

Assim, segui a areia fina... Fui de encontro às águas frias de um mar que vem em minha direção.

Os dias passam apressados... Retiro os calçados.

Tenho uma vaga lembrança da felicidade, quando o peito encontra o mar.

Li, nas correntes que te guardam, que o vento passou correndo por mim.

Não à lua... Não ao sol...

Mas, ao mar?! Impossibilidade...

Ele sequestra-me pela cintura... Sinto-me nua!

E aguardo o término dos dias... Olhando calmamente para o horizonte que não alcanço.

E a lua chega matreira... Esconde-me das faces a lágrima que escondo de mim...

Assim, a correnteza aflita banha-me as entrelinhas de um texto salgado.

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