boca-branda
(poesia livre)
Soaroir de Campos
São Paulo - 15/8/09
mote: "smile"/sorri
há de haver uma hora costumeira
para chapinhar nas poças de escárnios
tripudiar sobre sérios breviários
promovidos por cínicos embusteiros.
ai de mim, bem desigual das toupeiras
que de perto e longe distingue escárnios
foge de quaisquer verves de pés senários
só não o do riso mais farto e corriqueiro.
como se nunca cantasse as farpas do picão
ou sentisse a força do arremesso do arpão
rindo ascendo com as minhas entrelinhas.
e ai de ti, riso que me inças de atuação
na troça das chagas todas como se não
mordesse a boca-branda - tão mesquinha...
nota: prometo um dia contar as sílabas