A justiça do Inferno
Os círculos de culpa menos grave
Que purgam penas turvas e culposas
Recebem noutras penas dolorosas
O abrigo do castigo que lhe cabe
O pecado medido pelo dolo
No desejo do mal é consumado
O devoto sem paz será cremado
E o desejo feroz devora o tolo
No centro dos Infernos sem irmão
Soterrada no gelo, pousa a mão.
Uma voz no suplício ficou muda;
Suas dores serão surdas, ainda assim,
Quem matou o teu pai, adora Judas
Pois ama teu irmão como um Caim.