Casa-teatro

Cai a máscara e o palco é o alvo.

Alguém traduz a carne para mim

e a alma chorando ri.

Passárgada fica logo ali

onde o vento descamba

e algum vulcão em chamas

vira lava.

Corro parado na estação do movimento.

Esqueço que sou gente,

adulo os sentimentos

e posso achar-me filho do sol,

desatador de nós,

um homem-morada!

A máscara no chão chora o palco.

Hoje me senti tão feliz que te dei meu abraço,

mas continuo amando viver só,

na multidão do meu quarto,

onde aprendi a ser palhaço,

mas sorrir dos palcos me faz falta e me faz bem!