A Desafinação

A DESAFINAÇÃO

A chuva que caía levemente,

Fina como o orvalho,

Parecia no rosto,

Lágrimas que nasciam nos olhos,

Ao longe a visão da neblina,

Parecia um véu ou uma cortina,

Suave como uma pele fina,

Pele alva e sensível,

Não se podia ouvir a chuva,

Apenas o gotejar das folhas,

Que pareciam angustiadas,

Por segurar tamanha formosura,

A deixar cair as gotas,

Criava no solo uma melodia,

Que mais parecia uma orquestra,

Pelas diferenças de superfícies,

Cada uma com o seu tom,

E a desafinação era total,

Apenas a repetição se fazia,

E em algum momento

Pareceu-me que ali o errado

Era eu!...

O Poeta da Solidão

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 15/08/2009
Código do texto: T1755665
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