O pecado

A tua imagem é frágil

Tão pouca que transparece.

Reflexo de vidro temperado

Sempre teve esperança.

Coragem!

Não o faltou.

Tragou o desespero

Crescido junto com o sofrido

Flor solitária

Vaso na sala.

Ninguém acreditará que pudesse amar

E amou.

Ao ponto de trair, destruir...

Não se esqueceu.

Sobreviveu e chorou.

Mentiu e amou.

Covardemente reduziu tudo ao seu redor

Não transpareceu, sofreu.

Esqueceu?

Não, guardou.

Renasceu.

Como uma rosa que morre para florescer

Surgiu.

Como um relâmpago

Parou.

Num tropeção pavoroso

Que mal se erguia

Chorou, esperneou.

E amou.

Viveu aventuras

Perdeu tempo

Acordou e se perdeu

No caminho entre a vida e a morte.

Curou-se.

Em pé, com o rosto fortalecido.

Pecou.

Viveu aventuras

Chorou, sorriu, viveu e amou.

Como você amou?

O Marquês de Matarazzo
Enviado por O Marquês de Matarazzo em 15/08/2009
Reeditado em 15/08/2009
Código do texto: T1755343
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