O pecado
A tua imagem é frágil
Tão pouca que transparece.
Reflexo de vidro temperado
Sempre teve esperança.
Coragem!
Não o faltou.
Tragou o desespero
Crescido junto com o sofrido
Flor solitária
Vaso na sala.
Ninguém acreditará que pudesse amar
E amou.
Ao ponto de trair, destruir...
Não se esqueceu.
Sobreviveu e chorou.
Mentiu e amou.
Covardemente reduziu tudo ao seu redor
Não transpareceu, sofreu.
Esqueceu?
Não, guardou.
Renasceu.
Como uma rosa que morre para florescer
Surgiu.
Como um relâmpago
Parou.
Num tropeção pavoroso
Que mal se erguia
Chorou, esperneou.
E amou.
Viveu aventuras
Perdeu tempo
Acordou e se perdeu
No caminho entre a vida e a morte.
Curou-se.
Em pé, com o rosto fortalecido.
Pecou.
Viveu aventuras
Chorou, sorriu, viveu e amou.
Como você amou?