Meto-me para dentro, e fecho a janela.
Trazem o candeeiro e dão as boas noites,
E a minha voz contente dá as boas noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o Mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, nem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida correr por mim como um rio por seu leito.
E lá fora um grande silêncio como um deus que dorme.

Alberto Caeiro, em 'O guardador de rebanhos'


Quando estou em paz, abusada, tento acrescentar alguma
coisa de belo que encontro no dia. Desculpa poeta, não resisti

TUDO É CALMA
TUDO É PAZ
SEM MÁGOAS SEM LEI
.........
SÓ O POETA
O SOL E EU
ABRINDO TODAS AS JANELAS
DESSE DIA FELIZ
http://www.youtube.com/watch?v=qoYbVosc93U
ysabella
Enviado por ysabella em 15/08/2009
Reeditado em 15/08/2009
Código do texto: T1755187
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.