MOTE: O acaso


Foi sortilégio

Não foi por acaso, que nascemos
sob os mesmos  raios de sol, as mesmas sombras místicas, de espectros de antanho.
Ouvindo o marulhar das águas correntes,
de um rio cantante, perfumado de odores do oriente
E a vida a crescer no nosso olhar.
O mesmo ano deu-nos ser, sob as forças vibratórias
desse cantinho encantado
De mouras, reis, princesas amortalhadas.
De fadas, duendes, guerreiros paladinos
de terras santificadas
em defesa da fé se concediam
Ierra de lendas, e ali o povo de Deus se acoitaram
Nem Cristo era nascido, e já a terra era consagrada.
Não foi por acaso, que foste para terras distantes,
Por destino, foi esse o meu caminho, meus passos,
aos teus juntei, havia luz no teu coração.
Nos sonhos de menina, já te pressentia.
Destino desviado, encontros efémeros.
Cantei e chorei, quanto não sei.
Agora, que julgo o nosso passado, 
um confuso mundo ressurgido das cinzas.
 E não foi por acaso, que nos reencontramos.
Dentro de nós, vive ainda a mesma emoção.

tta
09~08~14
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 14/08/2009
Código do texto: T1754470
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