Finzinho da fé...

Santo ofício dos deuses

onde me perco satisfeito,

sem sentir qualquer desejo

ou ter alguma pátria.

Há um Olimpo em meu quintal

onde faço cocô de cócoras

e, mesmo indo embora, paro e volto.

As indiferenças são diferentes

e o mundo morre cheio de gente,

poluindo os verbos e as palavras de ninguém.

Os poetas se prestam a viver

porque sabem perecer fazendo versos

e criando sós e amando corpos,

como se fossem apenas almas ressentidas,

secos de carne nas virilhas...

às vezes sem saber rezar uma prece

ou até dizer amém!