ESPELHO

Na insanidade do meu ser

Busco desesperadamente a culpa

Não a encontro...

Talvez esbarre com ela por uma dessas esquinas

Mas, por enquanto, estamos de relações cortadas

De tudo que fui, provei, toquei

Na heresia pura de ser quem se é

Fui santa

Profana

Eu fui mulher

Caminhei leve pelo asfalto de estrelas

Que eu mesma desenhei

Voei feito borboleta

E pousei numa flor de lucidez

Reconheci muitas de mim

Estamos quites

Eu e a vida.

Só sinto falta

Do que farei

Ainda