Cais
Na minha rota de sonhador,
Sonhos há de que não quero acordar,
Num deles vejo o teu amor,
Me esperando no cais do sempre-amar.
Não preciso voltar, amor, porque nunca de ti me fui,
Você apenas se esquece
De que o que nos envolve e que nos flui
De olhos e palavras não depende – e só cresce!
Se já ontem nos encontramos, vezes não poucas,
Nos atalhos dos desejos anunciados,
Já me esperes hoje, faiscando ânsias loucas
Nos teus olhos crescidos de saudades.
O errante viajante, guiado pelas auroras
Das ilusões, em ventos de que só resta um sopro,
Chega a ti. E guardo as minhas remanescentes horas
Para viajar em todas as partes do teu corpo.
Na minha rota de sonhador,
Sonhos há de que não quero acordar,
Num deles vejo o teu amor,
Me esperando no cais do sempre-amar.
Não preciso voltar, amor, porque nunca de ti me fui,
Você apenas se esquece
De que o que nos envolve e que nos flui
De olhos e palavras não depende – e só cresce!
Se já ontem nos encontramos, vezes não poucas,
Nos atalhos dos desejos anunciados,
Já me esperes hoje, faiscando ânsias loucas
Nos teus olhos crescidos de saudades.
O errante viajante, guiado pelas auroras
Das ilusões, em ventos de que só resta um sopro,
Chega a ti. E guardo as minhas remanescentes horas
Para viajar em todas as partes do teu corpo.