ANDANÇAS

Me vesti de cores vivas

tomei o caminho

daquele pensamento

e caminhei pisando

em nuvens de algodão doce

tornei-me sem peso

e sem medida

flutuei somente

fazendo os

caminhos circulares

passando por todas

as estações dos sentidos

e andei a esmo

em sinuosas trilhas

a deslizar sentires

e fui sem pressa

e sempre olhando

até aonde

a vista alcança

e o coração

tem abrigo

pois no nosso interno ser

nenhum ponto é fixo

nenhuma vontade

é derradeira

há sempre aquela fonte

da qual beber

purezas novas

há sempre aquele

renascer inesperado

nos escombros das

nossas derrotas

há sempre um porto

vislumbrado entre

as brumas dos nossos

desconcertos

e aquele

ponto fugidio

a nos escapar

a borboleta azul

dos sonhos

renascendo em

nova primavera

até aonde a vista

alcança

até aonde o coração

tem abrigo...

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 13/08/2009
Reeditado em 13/08/2009
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