Cavalo Alado
Na garupa do cavalo alado
Rajadas de ventos leves
Elevam pensamentos adormecidos
A brisa nua não prevê esperança
Sem rédeas matas adentro
O cavalo cheiro de mato que inebria
Chama saudades de crepúsculos
Chão que clama reclama
E sem esferas busca emoções.
No horizonte sopra o minuano
Invernos no dorido peito arfante
Amedrontam a alma calejada
De noites sempre gélidas
Resolutas cobrem o véu celeste
São historias traçadas
Do destino luzes advindas velozes
Dobram a verde-época
Aguardam o retorno do sol.
Iára Pacini