Furacão de palavras (Hurricane, o poeta, e sua tentativa de eletrificar canções)

O folk teve seu poeta

Que, certa vez,

Por versos falados

Afirmara de pé:

“Nunca crie nada"

Deveras,

Serás mal-interpretado

Terá que explicar

O que já está confirmado:

"O que é bom é ruim

E, o que é ruim, bom é sim!"

Mas, isso só se descobre

Depois da viagem, motocicleta

Após o fluxo

Quando se chega ao topo

Percebe-se num lapso

'Persona falaz', na arena em cartaz

Atrás das cortinas

Capciosa sonoridade

Articula à falácia, foge do lar

Só ao erro não induz

Anti-sofisma particular

Seus versos, um dolo produz

Consolo de expressão

Proposição épica,

Quando na verdade

Era apenas poesia

Frio nas narinas

Aqueça-me mulher!

O vento me corta

Umedece as retinas

Subiu, rumo Dakota, partimos...

*A Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan, (Duluth, 24 de maio de 1941).

Marciano James
Enviado por Marciano James em 12/08/2009
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T1750901
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