Amor Hematófago
Na curva ao sopro do vento
Navego
Sobre as donzelas incautas
Eu chovo
O pio não pinga da beira
Se esgueira
Penetra insone entre as ripas
Se estreita
O galho dança macabro
Aturde
O corvo agoura ao relento
Corveja
Lacrado o templo do amor
Me espraio
Velando uma alma a perder-se
Me enlevo
No meio do peito tão cálido
Ausculto
Ribomba um músculo autônomo
E quente
Ao vértice entre essas pernas
Me esquivo
Não esquivo ao colo inocente
Porém
Sobre essas carnes macias
Prorrompo
A artéria farta de vida
Eu chupo