Na utopia, sou poeta
Na utopia,
sou poeta dos sonhos que se esvaem no raiar do dia,
dos dias que se acabam em louca agonia,
das horas que pairam decimais,
dos minutos imortais
e dos milésimos de segundo que não acabam mais.
Na utopia,
sou artista das palavras fugidias,
do perfume inebriante das fantasias
e da inconstância do tempo lá fora.
A chuva corre...
sem demora.
Na utopia,
sou poeta do belo,
da desilusão,
da solidão sem escolha,
e da tristeza,
e da alegria,
e das respostas...