Falar de amor

Nessa paixão de desencontros
O amor foi a água da fonte
suave límpida e cristalina.
Não futuravam emoções
Era uma primavera infinita
Esperanças desejadas
Não havia passado
Apenas a dádiva onde rendidos
somente valia seu puro amor
que os aliava e afastava
num jogo de eterna angústia
e sobre a neve fria
 Cicatrizes diziam da sua agonia
Nesse silencio de alvura 
Apenas murmúrios de ternura
Calava-se a dor perturbação delírio.
Crenças apenas
as que maculavam o coração
nas horas desertoras
tormentosas e inglórias
De um amor
que se filtrava apenas
 nessa imensa e dolorosa paixão.
Superar recordações
Era o final para o seu desencanto
Cada segundo da sua vida era como
 um floco de neve que se desfazia
desse bem querer
Era a caminhada para o nada
desse viver resignado
que os havia de separar
afeição marcada pelo desamparo
na crueza das razoes
que os algemavam
havia o mundo à sua volta
que regulava os seus destinos
e nesse labirinto tortuoso
o amor não subsistia
e o curso natural dessa liberdade encarcerada
tomou a mão.

De tta
09~08~09

A PARTIR DO MOTE  DA SAGA DE dR. JIVAGO(MÉDICO E POETA) E DO INESQUECÍVEL TEMA DE LARA DO GRANDE POETA BORIS PASTERNAK
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 11/08/2009
Código do texto: T1747704
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.