BRAVURA

O amor está encarcerado dentro de mim.

Gostaria de vê-lo por aí livre,

manifestando e alegrando o meu viver.

Infelizmente não posso gozar deste privilégio

porque o tempo não reservou um só espaço

para que o meu amor tivesse este direito.

Como se isto não bastasse para me entristecer,

a saudade veio habitar o meu coração

e colocar a minha amada a milhares

de anos-luz longe de mim.

Poderia me desabafar através do choro,

mas o meu orgulho não aceita esta ideia

porque, segundo ele, seria rebaixar

ao sofrimento e desmoralizar demais o meu ego.

O jeito é a gente resistir bravamente esta batalha

e jamais entregar-se ao inimigo

mesmo não tendo chance de vitória.

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 11/08/2009
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