Expressar Diminutivo
Sinto, ainda, o teu gosto,
A maciez de teus beijos
E o sabor de tua língua.
Sinto, ainda, o teu cheiro,
Impregnado na minha pele,
Feito tatuagem indefinida,
espalhando-se na epiderme.
Tua imagem persegue-me,
indelével grafada na retina,
E pra onde quer que eu olhe,
Vejo-te; percebo tua sombra.
Tua voz ecoa em meus ouvidos,
Adocicando-me a audição,
tornando etéreo o meu lembrar.
Quantas vezes ouço teu riso,
Procuro-te... Não estás aqui,
E, também, nem poderia estar!
Sinto, ainda, teus cabelos
tocando-me de leve a face.
Removo-os com as mãos,
Esperando encontrá-la...
Infrutífera e recorrente espera!
O teu sorriso, o teu rosto...
Quantas quimeras, ilusões.
Vivo mais tua vida que a minha.
Como afastar-me de ti?
Como não te querer mais?
Preciso do teu sorriso aberto,
Da maciez de teu corpo,
Do teu jeito lânguido de ser, estar e andar.
Preciso de tua voz melodiosa,
do teu jeitinho carinhoso e...
Do teu expressar diminutivo!