POLIFONIA

Polifonia

O meu fetiche:

um espetáculo ímpar.

Um espectro ressequido.

Para me espigar,

ao esputar frente ao espelho

Na face que vi,

tudo ali.

E se os ímpios vierem às

minhas rodas

e nestes pisos rudimentares,

rodopiarem...

Como num samba,

dançarem nessa rosa;

cumprirem toda à roda.

Impedirei que parem!

Enfurecido, escureceu.

Emudeceu o olho,

cegou o ouvido,

que brechava frestas

sem furos,

e sobre o murmúrio

da multidão correndo,

lendo,..

lento em vão.

Lá se vão

roupas vermelhas,

carmas,

carnes,

arde,

arme!

No entanto,

uma égua

pariu meu sonho.

Haréns etílicos,

vão retundindo

síncopes,

falares,

vestibulares,

exames ilógicos,

vá de reto,

cordifólio!

Carros,

batem-se

entre pisos alvores;

entre temas

entre "loveS"

entre cenas;

entre postes;

entre lemas;

entre pobres;

entre sendas;

entre motes;

entre Helenas.

Tomaram tomadas,

choques, chão.

Crianças,

criados.

Casais,

ancestrais.

Linhagem,

lavagem.

Dólares polares,

pandas...

Extinção!

Por enquanto,

um catarro orgástico

me arde nos cantos.

Entretanto,

reitero:

tamanho este deleite!

Desvi um

rabo de peixe

Quem?

Foi, foi, foi

o trem.

Quem?

O trem!

O trem,

lá,

lé,

lei refém,..

democracia,

hierarquia.

\O trem!

Hein!

( AUTORIA: YVANA RODRIGUES E RODRIGO DE OLIVEIRA )

Yve
Enviado por Yve em 10/08/2009
Código do texto: T1746928