Por oito segundos.

Sou o aviso no papel

Colocado na janela

Eu sou aquele pincél

Que pintou a vinca tão bela.

Sou o canario na gaiola

O barulho da tua impressora

Sou a saudade que te amola

E faz de ti minha confessora.

Sou o pinguim de gravata

O som do sax que arrasa

Sou a casca da batata

Da tua churrasqueira a brasa.

Sou aquele meigo bem te vi

Que se espelha na tua piscina

As vezes sou só um pequenino sagui

A flor amarela que com teu vestido combina.

Sou o lanche de carneiro

Da caixinha azul o presente

Sou o teclado companheiro

No teu dia a dia contente.

Sou a esteira da academia

E o volante na tua mão

Sou quem te faz poesia

E sempre te pede perdão.

Posso ser tudo que você quizer

Até aquela moldura na tua parede

Contornando o sorriso de uma linda mulher

Por oito segundo quisera que tivesse a minha sede.

Eu sou o caminho da praia

E sou aquele barco ancorado

Sou o sol que no horizonte desmaia

Mas feliz,por um anjo ter iluminado.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 10/08/2009
Reeditado em 10/08/2009
Código do texto: T1746538
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