Almas

Almas desejam nossos corpos,

Corpos desejam novas almas.

Lembranças de um gosto salobro

Sombras vestidas de morte.

Doce o perfume e as mórbidas cores.

A noite caminha e observa.

Fraca a luz da morte o leito.

Preces cantadas docemente.

Cascas vazias e olhos frios,

Pálida é a luz da lânguida lua.

Triste o murmúrio, o consolo.

A lei que toma e devolve.

Apenas existências, as nossas,

Nada adicionam, nada consomem...