falsidade
Chegaste: ninguém te perguntou donde vinhas.
As portas se abriram, cálidas e serenas
E esse abrigo pisaste, seguro chão.
Havia calor humano, te aconchegaste.
E regaços te dispensaram em profusão.
A luz suave entrava de mansinho
Um raio de sol espreitava, tanto carinho
nesse dia, que nunca foi esquecido.
Mas, essa mesma luz do astro rei,
que havia iluminado o teu caminho,
escondeu-se do negrume de sombras,
que te foram tomando e assombrando.
Teu âmago, tornado cruel e tenebroso,
menosprezou todo o amor, que recebeste.
De ingratidão e impiedosa te revelaste.
Presa da fraqueza, tua presunção
Avara, insana, de crueldade tal vingança.
E cravas um punhal no coração,
àquela a quem o seu regaço te deu.
Quando, deverias espalhar pétalas de rosas,
que florissem, para sempre o seu caminho,
e que por tua falsidade muito sofreu.
De tta
09~08~08