A ingratidão
O filha da traição, vil criatura.
Rastejante, sinuosa te mostravas.
Pelas sombras da tirania, tua clausura.
Bebias o veneno, e te envenenavas.
Crescias em soberba e afectação.
Simulavas amor ter, cruel mentira.
Cercavas de calúnia, a abnegação.
Que te havia oferecido vida, e te sorrira.
Serpente te enrolaste, em seio terno.
Cruel, verteste a malignidade, tua frieza.
Abateste, quem te amou, com o teu veneno.
Por grandezas, que a inveja em ti forjava.
Vinganças sem razões, que se avistassem.
Saldavas toda a afeição, que te dedicavam.
De tta
09~08~08