Parêntese no tempo...
Vivo num parêntese de tempo.
Infâcia e velhice de braços dados.
Períodos que parecem deistantes...
No agora tão próximos.
Na busca pelo resgate do meu coração,
Refugio-me na introspecção,
Para tentar entender, minha aversão à razão!
Divagando e molhando as palavras descritas,
Com lágrimas breves como as gotas de orvalho.
Que aparecem na calada da noite,
E se dissipam com o calor do sol.
Certos instantes são eternos...
Para num outro, serem páginas viradas,
De um roteiro imcompleto...Lapsos de minha solidão.
Destino dolorido e insano,
Viver de ilusão...
Esqueci de como lidar com minha fragilidade.
E me descubro as vezes,
Vivendo por viver...
Sem objetivos, sem metas.
Obstruindo meus ideais, predadora de mim.
Enfim, perdida num mundo real.
Vestida de sonho, nua e desprotegida,
Contra as mazelas da vida!
Que dantescas me engole, com suas desbotadas cores,
E me faz pensar , não existem amores...
Só o branco de um papel,
E a tinta de um pincel.
Que a seu bel prazer, deixar marcas em mim,
Pelas coisas descritas aqui.
E a tristeza me invade.
E mesmo contra minha vontade,
Verto lágrimas breves...
Não aprendi a lidar com aplausos,
E me desespero com as vaias.
E nessa fusão de sentimentos,
Minha alma se esvai, se espalha.
Em palavras desconexas, como essas!
Preciso pensar, dizer, emocionar!
Traduzir em várias línguas minha emoção.
Tranpor a fronteira do banal,
E descobrir um horizonte além...Do bem, do mal.
Pegar a estrada e seguir.
Sem me importar onde ir.
Deixar meu instinto seguir!
Só preciso saber quem sou...Onde estou!
Não quero compromisso com o acerto.
Só buscar a natureza dos meus pensamentos.
E mergulhar na emoção dos meus momentos!
Poder afastar o nublado no meu rosto,
Conhecer tolos fantásticos...
Que iluminam o espaço dos sonhos alheios.
Reconhecer sábios sem brilho...Sem exência.
Almas em decadência...Que perdem por não saber,
A diferença entre sorrir da vida,
E sorrir para vida!
Sim, eu sei, Deus nós fez complexos e dignos.
Verdade absoluta do cosmo...A confecção de idéias,
Nós torna artistas,
De sonhos artesões.
Garimpeiros de almas,de ilusóes!
Preciso abrir, minha parêntese de tempo.
Sem dar espaço a vaidade.
Só permitindo fluir, minha energia vital.
Devorando as imagens, mensagens...Ter olhos atentos.
Vasculhar os comôdos da minha mente,
Enxergar-me afinal, alegre ou aflita...
Mais sempre, cheia de vida.
Sem ser tão fatalista, afinal, naõ sou tão mal.
Respeitar, e tomar pessoas como exemplo, é saudável.
Supedimensiona-las é doentil,
Bloqueio assim minha inteligência,
Sabotando minha liberdade,
E perco de ficar a vontade...
E fico presa, num parêntese de tempo.