Sua alma em minha alma

Perdi parte de mim por você

O caminho era escuro e tantas armadilhas...

Ah, como chorei, quanto me machuquei.

Tombos inocentes sem maldade me fizeram sangrar.

Caí nas mãos de mentes impuras e desesperadas.

Tornei-me um fantoche. Roubaram meus sonhos.

Torturaram a pobre alma inquieta dentro de mim.

Trancafiaram-me onde o sol não me alcançava.

E assustaram-se com seus fracassos.

Violentaram meu corpo à procura de uma saída para suas insanidades.

Levaram as lágrimas de sangue que nasceram antes do tempo.

E eu continuei respirando, mesmo que meu coração parou algumas vezes; Mas por alguma razão incompreendida, seguiu a estrada quando repentinamente reconhecera uma doce voz chamando meu nome. Era você! Aonde estava? Qual mundo te assombrara?

Quantas correntes te aprisionaram?

Não! Não diga nada! Você está tão cansado!

Nos encontramos outra vez e isso basta.

Vou te levar onde seus olhos estejam ao meu alcance

Vem, vamos para casa agora e esquecer o que passou.

E as feridas que ainda sangram, vou cuidar para que logo cicatrizem.

Quem sabe com o nascer do sol?

Talvez você me chame para o jardim que plantei enquanto você esteve fora e as rosas te darão boas vindas; O céu, o sol, o mar...

E em especial, meu coração que sobreviveu por você.

E hoje segue com suas batidas suaves sem pressa de chegar ao fim da estrada por desejar ardentemente seu amor em meu amor, seus olhos em meus olhos e sua alma em minha alma...

E enquanto a vida passa, apenas paramos; E enquanto chega o amanhecer, o entardecer e o anoitecer, apenas nos amamos...

Léia Carmona Torres
Enviado por Léia Carmona Torres em 08/08/2009
Reeditado em 22/11/2011
Código do texto: T1742547