Olhar superficial - Blavino #9
Olho-te
De relance
Um vulto, um rosto,
Sinto o teu aroma, amadeirado
Ou agridoce? De origem tão artificial
Quanto as meias palavras e sorrisos trocados
Não é sábio confiar em algo que já se mostrou enganoso
Percebo-te aos sentidos, papilas gustativas
Provam-te tanto e tanto e sequer
Imaginam-te fagulha d’a alma
Conheço-te inteiro e
Interna.mente tão
Superficial
*Veja também "A poética do Blavino"
por Juliana Ruas Blasina & Volmar Camargo Junior
Na revista SAMIZDAT #18 (julho/2009)