A verdadeira realidade só se encontra nos sonhos artificiais (a Baudelaire)

A irmã,

Chama-se

"Mater Suspiriorum"

Opta por incursões sobre o tempo...

Interage com sua solidão

Olhos nunca meigos

Não se descobre neles

Nenhuma história obtusa

Turbante em frangalhos

Somente massa confusa

Cai constantemente, não chora

Tropeços ignora

Vez em quando, suspira

Olha...

Por vezes,

Entre os pobres, labora

Muta-se, na embriaguez

Delira contra o céu, treme

Reclama dos bem-amados

Geme

Esperança opaca,

Murmura entre multidões

E, em locais solitários,

Desilusões

Não ilumina o isolamento

Estaca

A dor cardiocrônica

Aplaca, contentamento

Sua cidade, Paris

Foi arruinada, talvez

Pobre senhora infeliz

Inocente a insensatez

Na hora do brinde

Quebrada teve

Sua taça, sua índole

Choque absorto

Ao chão, escorria seu vinho do Porto

*Homenagem ao poeta que conheceu todos os "Paraísos Artificiais' da Terra e das regiões celestiais.

Marciano James
Enviado por Marciano James em 07/08/2009
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T1741915
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