FANTASMA
Lá no fundo ,
meio apagado quase sumindo ,
meio poeira meio fantasma ,
caminha lento e firme ,
roupas em farrapos ,
cicatrizes no rosto ,
nos braços ,
no corpo inteiro, mas firme,
caminha sabendo
o que quer ,
deixando os apupos entre eles,
os rasgar de sedas
nos desfiles eriçados falsos dos egos.
Ninguém o viu
passou como poeira,
como fantasma e seguiu.