Sonhos de Infância

Cresci, mas era pequenina

Sapeca, mas doce menina

Sem conhecer nada da vida

A razão ainda adormecida.

Tinha sonhos e fantasias

E também muitas alegrias

O tempo era irrelevante

Mas a magia tão marcante!

Vivia na beleza do lar

Respirava a pureza do ar

Colhia belas flores nos campos

E corria atrás dos pirilampos.

Uma época de singeleza

No coração tanta nobreza

De formoso olhar cativante

Com uma vida exuberante.

Sorria, brincava, pulava

Com sonoridade cantava

Nas horas de birra que tinha

Alguém logo ao encontro vinha.

Esta menina vive em mim

Bordando sonhos em cetim

Colhendo os frutos no caminho

Plantados outrora com carinho.

Neneca Barbosa

João Pessoa, 05/08/09