O INFINITO NOS DESNUDA
O infinito nos desnuda
Até que a primeira estrela
Seja cortada pela pressa dos ventos
O cotidiano nos desnuda
Até que um gesto frutifica
E inaugura um sonho
À revelia da nossa esperança
Com os olhos entreabertos
Seremos a lembrança das coisas
Sob o azul do céu
Com fragmentos dessa coragem
Que transforma em avesso
O desespero dos nossos dias.