HOMENAGEM
À Najah DL
Embriagado nos teus sonhos, eu sorvi
Gole a gole, teus belos versos e poemas,
Sonetos tão inebriantes, que esqueci
Todas as dores que havia em meus temas.
Absorvendo os teus finos paladares,
Repudiei-as, uma a uma, enquanto pude.
Minha cítara quebrei e meus pesares
Se esvairam ao ouvir teu ataúde.
Ensimesmado, me calei, fugiu-me o estro,
Quedou-me a mão, insegura, e canhestro
Fui incapaz de escrever c’o igual paixão.
Meras sombras perante o sol de tuas lavras,
São os meus versos famintos d’outras palavras
E não as tenho, pra meu desgosto e frustração.