Mostra-me

Mostra - me então felicidade,

Capaz de fazer-me desejar vida,

Seca de meu rosto o pranto,

Que neste coração habita a dor

Foge de mim enquanto é tempo,

Retrata o tempo minha face,

Sangra e desprende meu enlace,

Dos grilhões que não soltam sozinhos

Gemem, arrebatem-se os caminhos,

A agonia eterna fadados,

Miseráveis descrentes exacerbados,

Contra a miséria do mundo praguejam,

Quem não vê que aos olhos beijam,

Daqueles que traem que abusam que matam.