O presidente e seus marimbondos de fogo

Vida, liberdade, igualdade

Não compro chocolates

Pelo vidro de meu carro

Isonomia no caput, fraternidade

Segurança e propriedade

Só com meu olhar,

Afasto-te

Preciso de privacidade

Inviolabilidade

Educação infantil

Em qualquer natureza

Nessa terra de esperteza

Sou turista,

Vim de outra nação

Aqui a vítima sofre

O criminoso não

Estou compelido

A associar-me às suas dores

Tropa de choque

Na praça da República

Combatendo

Professores,

Policiais,

Servidores

Não sou paramilitar, apesar de

Soberania sem forças armadas

Esse é o dilema

Cidadania plena dilacerada

Leio muito sobre o tema

Venho de muito longe,

Aqui não é o meu lugar, vê

Valores do trabalho humano

Fontes alternativas

Linhas de produções expansivas

Três poderes harmônicos

Erradicam a pobreza

Repudiam o terrorismo

Extinguem o racismo, certeza?

Quando o presidente

Insiste em ficar no Senado

Só os marimbondos de fogo

Que ele mesmo descrevera

Podem lhe atacar

São vermelhos, alados

Fazê-lo derrotado,

Por si mesmo

Afastá-lo de suas atribuições

Perfurá-lo com seus ferrões

*"Maribondos de fogo" (1978), inclue-se entre as principais obras do Senador e ex-Presidente José Sarney

Marciano James
Enviado por Marciano James em 05/08/2009
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T1738437
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