FILHOS DO ACASO

FILHOS DO ACASO

Relegados ao poder da sorte crescem desregrados os filhos do acaso...

Renegados pelo penhor da vida descem cansados para o chão que os sepultam ainda vivos...

Caminham os filhos do acaso buscando guarida pela estrada infértil, das mãos fechadas e caras viradas de seres cegos, de não querer vê-los!

Relegados e renegados, senhores dos nadas,

pequenos e tantos crescem em buscas vãs.

pedem calados, choram secas lágrimas, sonham pesadelos!

Vil criatura há que não os percebam, não os acolham, não os enxergam pela ofuscada visão da luz que não lhes norteia o caminho, onde o verdadeiro e único sentido de amar, no coração não faz morada!

Sylvia Maria A Limberti