Pai, saudades!

A saudade bateu no meu peito

Quando me encontrava ainda no leito

Recordando o bom tempo de criança

Pai, você me dava segurança.

Nos seus braços me aconchegava

Na certava que a paz encontrava

Pulsava forte meu coração

Que felicidade! Que emoção!

Severo quando era necessário

Disciplinando seu relicário

Era de grande afetividade

Também de muita sinceridade.

Lembro daquelas manhãs formosas

No pensamento imagens saudosas

Beber leite puro no curral

Escutando o canto do pardal.

Saudade do lindo carneirinho

Que você deixou ele bem mansinho

Servindo para minha montaria

No pátio andava com alegria.

Quantas lembranças querido Pai

Nestes momentos a mente abstrai

Seu rico legado permanece

O amor que dedicou não adormece.

Neneca Barbosa

João Pessoa, 04/08/09