Por derradeiro
Tanto andei caminhando nas sombras,
procurando aquilo que nunca encontrei.
QUE NUNCA VIVI.
Tanto andei em caminhos de almas,
que cansado, parei, me sentei.
DESISTI.
Descobri então que já não podia andar,
vi cada castelo sonhado, desmoronar.
O passado, enfim,
retornava para mim.
Tanto olhei um futuro
que nunca chegou a ocorrer.
Escondido no escuro, meu muro
que nem terminei de erguer.
Por derradeiro, descobri em meu peito
que nunca soube dar jeito
às besteiras que fiz.
Por derradeiro não quis
ouvir as palavras
que esse peito me diz.