A morte da morte

De mim, apenas o silêncio levará a morte,

deixando as cinzas consentidas do que ficar

e adubar a terra infértil

donde nada brotará de mim.

De mim nada saberá ela

pra quem calado vivo

e triste espero.

De mim não retirará piedade

porque ficarão os meus poemas

quando minha dor passar

e o meu amor no amor fizer morada.

Quando eu morrer, matem a morte

e para isso acontecer, declamem meus versos,

esses meus maiores e mansos protestos

por não poder aqui ser um imortal vingado.