Sorte Sua

Eu, que me encontrara de modo abstêmio a tudo e todos, remetia ao escrito como carma, e acostumado com versos e prosa, ou algo que continha poesia falsa, como nas de amor, sendo filme de verão onde todos são apaixonados pelo mundo até por amigos infiéis, belos amigos que nem a ti vem visitar, assim transpõe a alma e espere por milagres, sendo isso realmente que acredita.

O triste mistério da vida continua por revelar mais mistérios, cada vez mais reinventado pelo homem, e crescente dia a dia as letras, olhadas de perto não pareciam escritas à mão nem por uma maquina, era caneta de certo ou não, lápis não era isso de certeza. Observei por dias os estranhos escritos, e as palavras me suprimiam a cada dia, não sabia como responder aquilo, ou se era realmente uma pergunta, quem a escrevera? Tinha uma observação a fazer e não a fiz por medo de rebeldias, nessa hora o medo continha meus movimentos superiores e passava para os inferiores, Senti-me imóvel e o tempo passou tão rápido, e eu ali impassível ao objeto branco com as tais letras verdes e linhas vermelhas.

Era uma mensagem enigmática, recebia ontem, com versos e frases sem rumo, contendo uns abortos e conflitos da gramática conceitual, do estranho novo mundo, letras, se suprimiam em um único folheto branco, a frase era bem simples, pois vinha de modo estranho e contido aos berros, subtendia-se que era um enigma, ou cisma talvez.