O ÚLTIMO VOO DAQUELA BORBOLETA
A borboleta fraca, farta de tantos voos
Adejos e bordejos pela vida e seus jardins.
De tanto néctar deveria estar embriagada!
De tanto perfume deveria estar impregnada!
Aquela borboleta me lembrou a vida e o quanto
A mesma é fulgás!
Aquela borboleta me lembrou um beijo e o quanto
Pode ser banal!
Suas asas colorídas como deveria ser e sse dia
E seu tom real.
Seu passado triste de lagarta que rastejava
Cabisbaixa sobre a palha do coqueiral.
Uma borboleta envennenada pelos espinhos
Do desamor!
Moribunda e abatida em sua paixão de beija-flor!
Aquela borboleta me lembrou a mulher em sua frágil
Feminilidade dadivosa.
Caída nos braços de seu amado ou num voo
De uma deusa gloriosa!
A tirei do chão e a pus sobre os cuidados de meu jardim.
Aquela borboleta me lembrou um poema em beleza
Inspirado e como tudo que se preze tem ínicio, meio e fim.
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(http://reinodalira.wordpress.com)