como se fosse
como se fosse sêde,
como se fosse fome,
do que nada se sabe
do que não se define
do que não tem nome
do que me consome
e sempre se exime
como se fosse um inferno
as vezes sublime
permanente inverno
que solta,
comprime
liberta,
oprime
provavelmente eterno,
constante,
pra sempre,
misterioso e ardiloso
como um crime"