A MAGIA DO AMOR
Caminhando pela rua
eu vi
um menino franzino
carregando flores.
Eran rosas amassadas,
colhidas coitadas
de um jardim qualquer!
Seu olhar cativante,
e o sorriso branquinho,
fizeram-me pensar
naquela mulher...
para quem ele levava as flores.
Curiosa, porém não sabendo
o que dizer,
perguntei ao menino:
Para quem são as flores?
Ele logo respondeu:
São para a tia,
a minha professora.
Pude ver no seu olhar
Uma fonte de amor
que jamais vai secar.
Exaltei-lhe o gesto,
e com muita alegria ele continuou:
Sempre levo flores para ela,
eu não sabia ler,
mas ela me ensinou!
Não perguntei o seu nome,
mas isto também não importa
e sim a lição que deixou.
Aquele menino pobre,
vestindo uma blusa poída,
carregava em seu peito
o maior sentido da vida!
Regina Célia Duarte