ONDE O VERSO FINDA
Não apresente regras para os meus sentimentos,
Não imponha normas para a minha razão,
Deixe que estabeleço sonhos para a minha emoção,
Não venha dizer onde o verso finda e qual é a rima,
Não invente palavras para as minhas reticências...
Nada sei dos limites da minha fronteira,
A profundidade da minha idade,
A largura do rio que atravesso.
Só sei que a noite termina,
Que a semente morta germina,
Que o sono me rouba a lua, tão sua,
Até me deixar vazia, nua...